31 de agosto de 2022

QUANDO TE INVENTEI

 

Quando te inventei
eras teimosia em forma de resistência;
uma força em que se sentia segurança,
um rosto onde se lia determinação
e um olhar banhado de esperança
que te subia do coração.

Por seres tudo aquilo que eu não era
e teres tudo aquilo que eu não tinha
(tu nem sabias de mim...)
de dia, seguia-te escondido na própria sombra
e de noite, sonhava-te no escuro da solidão.
Se soubesses de mim, ficaria teu escravo
e desprezar-me-ias, por saberes demasiado tarde
deste amor egoísta, interesseiro, cobarde.
Um dia desapareceste
(ou fui eu que te esqueci...)
ou terei sido eu que morri?

CONVERSAS COM O ESPELHO

 

- Olá. Como vais, desde manhã?
- Olha, vou indo...
- Já reparaste que faltam menos de 24 horas para acabar Agosto? Quem tem a mesma sensação que eu tenho de que o tempo está cheio de pressa?
- Caramba! Será da idade?
- Estás a chamar-me velho?
- Eu? Não, que ideia! Velhos são os trapos e...
- Então não achas que tudo parece que está a andar mais depressa? A Páscoa parece que foi ontem...
- Ah! Não me venhas com essa do ontem foi Natal e mais não sei o quê e daqui a nada é o Inverno de novo e Dezembro e...
- Pára, pára, não precisas continuar.
- É isso mesmo, não é? Toquei-te no ponto.
- Então se dizes isso é porque também sentes.
- Sinto o quê? Que o tempo me foge como a ti?
- Pois... estás a ver, como sabes...
- Claro! Quando te pões à minha frente, deixo de ser eu para passar a ser "tu"!

11 de agosto de 2022

MARIA DA CONCEIÇÃO

 

O barulho que se ouviu, precedido de um grito, no passeio junto ao ascensor de Santa Justa foi mais um baque. Depois do susto transformado em surpresa, os transeuntes viram o padeiro caído de costas, camisa ensanguentada, ombro e braço direitos parecendo não pertencer àquele corpo tal a posição anormal que apresentavam, o enorme cesto que momentos antes levava ao ombro cheio de pão, partido em dois e o conteúdo derramado pelo passeio e pela faixa de rodagem da rua do Ouro e no meio daquela aflição, uma mulher ainda jovem com um casaco azul de lã por cima do que parecia ser uma farda de criada, meia de lado, olhos muito abertos, uma mancha de sangue na saia e com queixas na perna direita que parecia partida mas viva, ao lado do padeiro de olhos muito abertos, morto. O polícia de giro chegou a correr, do outro lado da rua, apitando estridente, na correria, ao mesmo tempo que gritava:

 “Façam o favor de se afastar…”

O círculo que entretanto se formara em volta da cena, alargou ligeiramente, o suficiente para o agente da autoridade entrar para o meio e continuar gestualmente, bastão em punho, a dizer:

“Façam o favor de se afastar…. Algum médico aqui?”

Médico não havia mas surgiu a primeira testemunha…ainda a gaguejar pela violenta surpresa:

 “Eu vi… eu vi…foi ela…foi ela que caiu lá de cima… foi ela que matou o padeiro!”

 

O padeiro, era uma figura conhecida ali, já que diariamente ao longo dos últimos cinco anos fazia a distribuição do pão pelos restaurantes e cafés. João – ninguém sabia o apelido – mas era o João, para toda a gente, sorridente, bem disposto e amigo dos miúdos pobres que o esperavam, sentados junto ao ascensor, para se aproveitarem da sua generosidade.

“Eu ouvi o grito mas quando olhei já estavam assim… no chão…”

“Não, eu vi ela cair em cima do João… foi ela que matou o João!”

Ela era Maria da Conceição, dezassete anos, criada em casa duns ricaços que moravam prós lados do Chiado - veio depois a apurar a investigação – que,  por entre choros e lágrimas, também ficou a saber o resto de toda este drama naquela manhã de 10 de Julho de 1942, fazia o ascensor 40 anos!

Estava em casa da família Portela, que moravam num palacete na rua da Misericórdia. Tinha vindo com 13 anos de Alvações do Corgo, pequena povoação de 470 habitantes, do concelho de Santa Marta de Penaguião, situada na margem esquerda do rio Corgo, afluente do Douro. Maria da Conceição viera para Lisboa, mandada chamar por uma tia solteirona, cozinheira, em casa dos Portela há mais de vinte anos, sabedora da estima que a senhora dona Emília tinha por ela e mais das dificuldades que a irmã e o cunhado passavam lá na terra quisera que a sua sobrinha dilecta não ficasse “enterrada viva” lá na terra e, aproveitando o facto de ter sido despedida a sua ajudante por desviar alimentos logo sugeriu cautelosamente a Maria da Conceição…

 “Mas, ó Maria da Paz, não será muito nova para a ajudar?”

Questionou hesitante a senhora dona Emília ao ouvir a proposta da cozinheira. Que nada, não senhora. Que a miúda era muito jeitosa para a cozinha que assim tinha plena confiança – era só o que faltava – na sua ajudante, que podia inclusive contar com ela para outras tarefas, como recados e que a senhora ia ver que passado o primeiro impacto, ela se adaptava e logo seria uma das melhores.

“Está bem, Maria da paz… mas, atenção, se não for boa para o serviço não quero cá encobrimentos… vai recambiada… entendido, Maria da paz? Só para você não dizer que nem uma oportunidade dei. Também nunca me pediu nada.”

“Obrigada minha senhora. Não se vai arrepender!”

Quatro anos passam num instante mas, em quatro anos também se passa muita coisa. Maria da Conceição prendeu-se de amores com um rapaz bem mais velho, um tal Álvaro já em idade de ir para a tropa, ao fim de um ano e pouco de estar por Lisboa. Ele era empregado de mesa num restaurante da rua do Alecrim, alto moreno, bem falante logo se deixou também encantar por aquela moça vinda lá do norte, também ela morena já num corpo de mulher, apesar dos quinze anos que a jovem Maria da Conceição consciente da diferença de idades e com medo que isso fosse motivo de separação, logo resolveu aumentar para dezoito e meio, enfim quase dezanove! O namoro foi crescendo de intensidade, a pontos da tia a ter avisado. Pela terceira vez.

“Maria da Conceição, vê o que fazes da tua vida, rapariga! Olha que eu bem sei o que se passa e podes ter a certeza que conto tudo á senhora…”

“Mas ó tia, eu gosto dele. Vamos casar e…”

“Casar??? Mas tu endoidaste, rapariga??? Estás a minha guarda e não te admito essa falta de respeito, pior, de juízo, menina. Fazes favor arranja maneira de acabares com o namorico. Eu até gosto do rapaz mas…”

Maria da Conceição não disse que sim nem que não. A sua paixão crescia todos os dias. E, um dia, endoidou de vez e aceitou o convite que Álvaro lhe fez para lhe mostrar o quarto onde vivia, umas águas furtadas num prédio já gasto pelo tempo,mas com uma vista espantosa para o Tejo. Combinaram tudo para um Domingo que era a sua tarde de folga e aproveitando o facto da tia ir visitar uma cozinheira amiga para Campo d’ Ourique estimou que tinha a tarde livre para ir ter com Álvaro que também tinha folga.

 Em três meses, tudo se precipitou na vida de Maria da Conceição. Álvaro partiu para a tropa e pouco depois veio dizer-lhe que tinha sido mobilizado para os Açores. Era a guerra e era preciso proteger as ilhas. Maria da Conceição despediu-se em prantos. A tia soube dos choros e à primeira repreendeu-a pois julgava que o namoro com Álvaro já tinha acabado. O que ela não sabia é que não só não tinha acabado, como tinha a sobrinha grávida.

Uma manhã, o carteiro trouxe uma carta da Ilha Terceira. Mas não era de Álvaro. Quem a escreveu chamava-se Luís Filipe e dizia-se amigo de Álvaro. A carta não era extensa antes pelo contrário, de modo  que não foi difícil para ela ficar a saber que Álvaro tinha tido um acidente de viação e falecera a caminho do hospital militar da base americana.

Maria da Conceição não conseguiu ler mais nada, completamente desvairada saiu porta fora sem conseguir sequer dizer fosse o que fosse, numa correria desenfreada sem destino, num choro que fazia toda a gente com quem se cruzava ficar a olhar espantados com o aspecto aflitivo da jovem.

Sem saber como, encontrou-se na plataforma do cimo do ascensor de Santa Justa, local onde fora várias vezes com Álvaro. O Sol do meio dia bateu-lhe em cheio no rosto, atarantou-a, cegou-a! As suas últimas palavras foram o nome do namorado e … atirou-se! O homem que estava a uns cinco metros quis impedir mas chegou tarde…

Maria da Conceição deu um grito, já no ar, mas não impediu a sua queda no cesto de João, o padeiro que nesse momento passava, em baixo. 

 

 

 


CONVERSAS AO ESPELHO

 

- Boa noite. Vou-me deitar.
- Hoje gostei mais de te ver. Não sei se foi por te ter feito a barba mas ficaste com um ar mais leve. Mais animado. Menos pesado.
- Menos pesado(?) Deixa-me rir. Depois do que emagreceste nestes quatro meses, peso é coisa que não tens. Já reparaste na quantidade de pele que te sobra, nos braços?
- Lá está… é preciso saber interpretar o peso das palavras. Nem leve é leve. Nem pesado é pesado. Mas, deixemo-nos de charadas. Como foi o teu dia?
- Hummmmm, normal, perfeitamente normal.
- O que é um dia normal? Chato? Assim, assim? Rotineiro?
- Bem, talvez um pouco disso tudo.
- Ou seja, foi uma seca…
- Lá estás tu com os trocadilhos. Seca sem ser seco…
- Ah! Pois, não tem chovido.
- Não é nada disso. Podia ter chovido e a seca ainda ser maior.
- Pois… está-se bem!
- Sei que estás a fazer progressos e isso é bom. Optimismo! Sem perder o sentido da realidade.
- Positivismo lógico, talvez.
- Ai, ai, ai, não me venhas, a esta hora, com filosofias baratas.
- Caramba, isto é não é filosofia barata. Positivismo lógico tem a ver com racionalidade, manter a mente aberta, agir em conformidade com o momento…
- Ah! OK! Já percebi.
- Assim é mais fácil encarar o presente. Sem fasquias demasiado altas…
- Pois. É como aqueles saltadores em altura. Põem a fasquia muito alta e depois, bem depois ou a derrubam ou passam por baixo. Derrota, de qualquer forma.
- De facto, hoje não saímos disto.
- Não saímos de quê?
- Disto. De pôr palavras que não significam exactamente aquilo para que foram criadas mas que, no fundo, todos compreendemos o que querem dizer.
- É uma polissemia!
- Pois, será. Sabes que mais, só tu para abrilhantares o meu dia.
- Ah, isso deve ser da luz. Detesto esse reflexo…
- Eu também. Mas o que está mesmo a apetecer é deitar-me.
- Então boa noite. Dorme bem.
- Obrigado, igualmente.
- Ah! Eu não durmo… quando apagares a luz, vou ficar aqui no escuro à espera do nascer do dia, à tua espera.
- Amanhã, logo pela manhã bem cedo, voltaremos a ver-nos.
- OK! Até amanhã...

9 de agosto de 2022

FELICIDADE É UM FIM DE TARDE OLHANDO O MAR

 

Meu nome é Felicidade.
Faço parte da vida dos que tem amigos, pois ter amigos é ser feliz.
Faço parte da vida dos que vivem cercados por pessoas bonitas, pois viver assim é ser feliz!
Faço parte da vida dos que acreditam que ontem é passado, amanhã é futuro
e hoje uma dádiva chamada presente.
Faço parte da vida daqueles que acreditam na Força do amor,
que acreditam que para um história bonita não há ponto final.
A Amizade, a Sabedoria e o Amor.
A Amizade é a filha mais velha.
Uma menina linda!
Ela une pessoas, pretende nunca ferir, sempre consolar.
A do meio é a Sabedoria, culta, íntegra,
sempre foi mais apegada ao pai, o Tempo.
A Sabedoria e o Tempo estão sempre juntos!
O mais novo é o Amor.
Ah!! Como esse me dá trabalho!
È teimoso, às vezes só quer ficar num mesmo lugar...
Amor foi feito para morar em muitos corações, não apenas num.
O Amor é complexo, mas é lindo!
Quando ele começa a fazer estragos, eu chamo logo o pai dele.
E o Tempo vem tentar fechar todas as feridas que o Amor abriu!
Acredite no Tempo, na Amizade, na Sabedoria,
e principalmente no Amor.
Aí com certeza um dia eu, a Felicidade, baterei à sua porta!!
Tenha Tempo para os seus sonhos,
eles conduzem sua carruagem para as estrelas.
E não esqueça, Sorria!!
O seu sorriso pode alegrar a vida dos que te cercam!!

(autor desconhecido)

8 de agosto de 2022

MUNDO MELHOR

 

O mundo é um lugar perigoso de se viver,
não por causa daqueles que fazem o mal,
mas por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”
( Albert Einstein )

Somos mais arrogantes que poderosos e ainda assim capazes de mudar tudo, incluindo o mundo em que vivemos. Mas é preciso dialogar com todos e respeitar as diferenças de opinião.
O que é verdade para mim, pode não ser para o outro e vice versa; é preciso vermos para além dos nossos pequenos mundos onde os nossos medos e as nossas inseguranças só sobrevivem pelo tempo que temos até adquirirmos novos conhecimentos, novas verdades.
Ver o outro como igual é fundamental.
E, ainda que seja diferente na cor, tenha outras ideias, pertença a outra etnia, professe outra religião. pertencemos todos a uma mesma raça.
A raça humana.

"MUNDO MELHOR"
Você que está me escutando
É mesmo com você que estou falando agora
Você que pensa que é bem
Não pensar em ninguém
E que o amor tem hora
Preste atenção, meu ouvinte
O negócio é o seguinte
A coisa não demora
E se você se retrai
Você vai entrar bem, ora se vai
Conto com você, um mais um é sempre dois
E depois, mesmo, bom mesmo, é amar e cantar junto
Você deve ter muito amor pra oferecer
Então pra que não dar o que é melhor em você?
Venha e me dê sua mão
Porque sou seu irmão na vida e na poesia
Deixa a reserva de lado
Eu não estou interessado em sua guerra fria
Nós ainda havemos de ver
Uma aurora nascer
Um mundo em harmonia
Onde é que está a sua fé
Com amor é melhor, ora se é
(Vinicius de Moraes)

7 de agosto de 2022

A VIDA É DE QUEM SE ATREVE A VIVER

 

Viver é inventar cada dia da nossa vida,
Com a decisão de quem quer ser feliz.
Com energia e um sorriso franco.
Com o coração enfeitado de cores.
Com um poema de amor sempre presente.
Com amigos leais e justos.
Viver é correr atrás dos sonhos,
Procurar a inspiração que leva ao projecto de vida
Procurar o entendimento das coisas.
Procurar o que nos faz bem e aos outros também.
Procurar ser sempre verdadeiro.
Procurar descobrir as coisas belas da vida,
Procurar manter o sorriso que é alegria de viver
Procurar comunicar aos outros essa nossa disposição.
Viver é ouvir as músicas que nos levam para o tempo certo
Ainda que sós, entoemos a melodia. Dancemos!
Conseguir desacelerar, pausar o tempo,
Aproveitar cada pequeno momento de prazer.
Por isso:
Comece a sorrir mais cedo.
Pense em coisas boas.
Alimente os seus sonhos.
Escute aquela música especial.
Dance, mesmo sozinho.
Valorize as pessoas próximas de si.
Espalhe alegria.
Nem todos têm as mesmas oportunidades!
Mas não espere para ser feliz.
Não adianta tentar fugir dos problemas.
Aprender o que tiver de ser e enfrentá-los com decisão.
Tentar não se deixar abater.
Ganhe energia! Reaja!
A nossa maneira de ver o mundo só começa a mudar
se nós mudarmos.
A nossa maneira de ver a vida só começa a mudar
se nós mudarmos.
Viver vale a pena!

5 de agosto de 2022

ACREDITE

 

Acredite nas pessoas,

Naquelas pessoas que possuem qualquer coisa mais

Naquelas pessoas que, por vezes, até confundimos com anjos e outras divindades

Naquelas pessoas que existem nas nossas vidas

E nos enchem de pequenas alegrias e grandes atitudes

Naquelas pessoas que nos olham nos olhos quando precisam de ser verdadeiras

Tecendo elogios e nos pedem desculpa com a simplicidade das crianças

Naquelas pessoas firmes, verdadeiras, transparentes

Que com um sorriso, um beijo e um abraço nos fazem felizes

Naquelas pessoas que erram mas, também, nas que acertam

Naquelas pessoas que sonham e, também, nas que nos dizem…não sei…

 

Porque essas pessoas são amigas

e a amizade é o mais nobre e desinteressado de todos os sentimentos!


4 de agosto de 2022

NADA VEM OU VAI SEM UM CAMINHO

 

A vida é feita de caminhos...
...caminhos que levam, caminhos que trazem sonhos,
alegrias, tristezas, amores, esperanças.
Nada vem ou vai sem um caminho.
Lutar pelos sonhos é ver a vida de maneira diferente.
Dá trabalho? se dá!
E, algumas vezes, até pode não dar certo.
Mas, outras vezes, perceber que está ao alcance realizar.
Sentir uma força enorme que vem de dentro de nós
Qualquer coisa que nos diz que vamos conseguir
E é quando voltamos a sorrir.

3 de agosto de 2022

FÁCIL E DIFÍCIL

 

Fácil é julgar pessoas que estão expostas pelas circunstâncias.
Difícil é ter coragem para viver a situação do outro.
Fácil é mostrar raiva e impaciência
quando alguma coisa nos deixa irritados.
Difícil é, por vezes, expressar amor
a quem realmente nos conhece, nos respeita e nos entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é ver só o que queremos .
Difícil é saber que nos iludimos com o que gostaríamos de ver..
Admitir que nos deixámos enganar, mais uma vez.
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que toma conta do nosso corpo
como uma corrente eléctrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é escutar a nossa consciência,
mostrar as nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é segui-las.
Ter a noção exacta dos nossos próprios erros..
Fácil é perguntar o que desejamos saber.
Difícil é estar preparados para escutar a resposta
que não querermos entender.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que poucas vão aceitar-nos como somos
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar pelos nossos sonhos.

2 de agosto de 2022

A VIDA TEM MOMENTOS

 

A vida, tem momentos, em que é necessário excluir pessoas,,

apagar lembranças, deitar fora o que nos magoa,
abandonar o que nos faz mal,
libertarmo-nos de coisas que nos prendem.
Olhar em frente e ver caminhos novos para escolher,
ao contrário de insistirmos sempre no mesmo erro
e na mesma dor à espera de obter resultados diferentes.
Isso é uma grande ilusão.
Amor não é envolvermo-nos com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Isso não existe precisamente porque só existe nos nossos sonhos.
A outra pessoa tem de ser encarada de forma diferente,
de forma sincera e real, sabendo de todos os nossos defeitos.
O amor acontece quando encontramos alguém que nos transforma
no melhor que podemos ser.
Quanto ao resto, bem...
ninguém precisa de restos para ser feliz.
Cuide-se apenas daquilo que for verdadeiro...
o que não for, que passe.

1 de agosto de 2022

A ARTE DA VIDA

 

A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
É preciso encontrar as coisas certas da vida, para que ela tenha o sentido que se deseja.

A realidade da vida é que tudo vai mudando com o tempo e nem sempre aquele que se diz "eu sou o melhor" vai ser assim pra sempre, tudo vai mudar, tudo vai trocar de lugar, quando menos esperarmos, podemos perder as pessoas mais importantes da nossa vida, sem se quer poder ter dito "Adeus", os nossos pensamentos vão mudar, vamo-nos apaixonar, irritar, odiar, decepcionar mas é o significado da vida,

"VIVER", a vida se resume a isso viver, pensar em problemas para quê?

Problemas não passam de problemas! Dar valor a quem nos ama...

"Cada pessoa que passa pela nossa vida passa sozinha, mas não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.

Essa é a mais bela responsabilidade da vida. Eu afastei-me. Afastei-me daqui, afastei-me das pessoas, afastei-me da vida, mas acho que era só para pensar.

Pensar um pouco nos erros que cometi, nas vontades que tive nos medos que me afligem. Pensar em como quero mudar, e se isso será bom para mim. Acho que às vezes precisamos de uma pausa, para rever nossos conceitos, para voltar a ser o que éramos, ou para simplesmente seguirmos em frente, mudarmos, tomarmos novos ares, seguirmos novos rumos.

É difícil compreender o rumo da vida em alguns momentos. Mas de uma coisa não podemos esquecer-nos: nada é a toa. Às vezes, o melhor parece ser o pior, e o certo aparenta ser errado, mas tudo faz parte, tudo contribui para o crescimento e tem um porquê.

Viver vai muito além de explicações e ultrapassa todo e qualquer entendimento.