4 de outubro de 2014

IMAGINAÇÃO


Cerro os olhos até que cegos se abram para a beleza das coisas 
que ainda não foram inventadas.
Oiço no fundo da minha mente os sons de um instrumento perfeito, 
que geme a última nota de todas as sonatas.
Cheiro a flor de bem me quer e muito, corola de amizade, 
pétalas de vida de quem só se quer muito.
Saboreio os frágeis contornos do paraíso, ilha da felicidade  
voo de ave que passa sem deixar rasto.
Toco a leveza das bolinhas de sabão, frágeis como a esperança,  
coloridas e breves como risada de criança.

Dane-se a realidade se não alegra o coração.

Mate-se a racionalidade que não ordena a razão.