8 de outubro de 2011

HASTA SIEMPRE

Em La Higuera, aldeia no meio do nada, 
com três tiros de pistola, 
a sangue frio, mataram-no contra o muro da escola, 
eram seis da manhã e ficou de luto a alvorada.

A mando de poderosos, a soldo do medo
como quem esconde um pecado,
foram enterrá-lo em segredo
numa tumba sem lápide, sem nome, sem nada.

Mas não enterraram a quimera, nem calaram a palavra sofrida
nem a revolta dos oprimidos, nem a razão da luta erguida,
Antes criaram a lenda e mantiveram-lhe vivo, o nome.
Médico, poeta e jornalista,
político e guerrilheiro
argentino, cubano, internacionalista,
comandante e companheiro,
‘Hasta siempre’, Che Guevara!