13 de abril de 2016

PRIMEIRO BEIJO


A noite, de ínfimos pontos brilhantes, ilimitada.
A cair para trás do monte, uma meia lua afogueada
A respiração é aperto de coração aprisionado
e o teu corpo, no meu abraço, aprisionado
As minhas mãos à procura de mais que mãos
Olho-te na lentidão de quem não quer que o tempo ande
e pela cabeça passa-me um impulso fascinante.
As nossas bocas entreabertas aproximam-se
e os nossos lábios tocam-se, breve arrepio.
Depois, esfregam-se numa espécie de dança
Entregam-se como corpos que fazem amor.
de quem não se quer largar nunca mais.
Há brilho de estrelas a caírem pela noite.