8 de fevereiro de 2014

AZENHAS DO MAR


Um casario de paredes brancas
com janelas recortadas a azul e amarelo,
labirinto de pátios e varandas
atraídos pelo brilho que sobe pela escarpa
em reflexos tranquilos, ao Sol do meio dia.
O mar estende-se até à linha do infinito
e, no vai e vem sem descanso
atira-se para a pequena enseada
numa revolta de espuma.
O crepúsculo do poente, tudo amansa.

Na varanda a desabar sobre o mar,
despimos-nos de nós, almas despertas;
e viajamos, à solta, pela madrugada.
E o mar é espelho de estrelas e de lua prateada
pontuado por cintilações incertas.