15 de maio de 2022

"HÚMUS"

 

Eu escrevo quando estou feliz, pensativo, emocionado, inquieto, motivado, indignado, enraivecido, alegre, decepcionado, agradecido, indeciso, ansioso, louco, abençoado, extasiado, para comemorar uma vitória, quando estou sem sono, se vejo um filme interessante, quando leio um livro importante, em momentos especiais quando quero expressar a minha opinião, quando preciso de argumentar ou quando quero emocionar ou alegrar alguém.

Eu escrevo quando quero explicar alguma coisa e também quando preciso de perceber alguma coisa que parece impossível de compreender.

Eu escrevo para não chorar, para passar a dor, para fazer, a mim mesmo, companhia.

Eu escrevo quando tenho sonhos loucos, quando tenho pesadelos e, também, sobre o que ainda não aconteceu.

Eu escrevo sobre o passado e o presente, como se fossem crianças que jogam à bola no quintal, passando os textos de umas para as outras, fintando as letras, misturando as palavras, atrapalhando as frases, ajudando o tempo.

E escrevo para ficar só, também…

 

Para mim, escrever sempre foi uma ferramenta de expressão tão importante quanto uma folha de papel e uma caneta possam corresponder a uma tela e às aguarelas do pintor,

 

Escrever continua a ser importante, porque é a forma com que eu consigo assimilar, ordenar e concretizar pensamentos, descrever o que está,

 transformar, sonhos e alcançá-los. As histórias sempre foram meu refúgio. E sempre me encantei com a possibilidade de construir os meus refúgios, contar as minhas histórias…

 

Agora, enquanto escrevo o quarto livro, não há mais aquela urgência, e sim sensação de liberdade, de paz, de dever cumprido e trabalho feito.

É a vida seguindo o seu caminho?!