12 de outubro de 2020

EU EOS MEUS FANTASMAS!

 

A noite chega gélida como um cadáver.
Corre-me pelo corpo um arrepio de desconforto
Prefiro cerrar os olhos e ver-te, dentro de mim
como eras, que ficar com a tua imagem assim,
de alguém que já não vive mas não está morto.
Se eu pudesse tornar-te dia e acender-te.
Correres-me pelo corpo num sopro de primavera
voltar a ver-te chama de girassol ensolarado,
abrir os olhos, sentir-te no teu olhar enfeitiçado
e da noite nunca mais ficar à espera.