28 de maio de 2021

ESTADO DE EMERGÊNCIA

 

Abro a janela do quarto, no silêncio
das ruas e das praças desertas
da minha cidade abandonada
cheia de pessoas por dentro!
Será que alguém ainda se lembra
para que lado está o futuro?
Será que ainda temos tempo para voltar
ainda temos forças para amar?
Deixo a janela aberta, respiro
fatia de Sol num chão de sombras
enquanto o silêncio vai envolvendo
o cenário, despido de esperança;
e, depois, só resto eu (à janela)
e a natureza que não se fecha!
(MJS, Eu e os meus fantasmas, 2020/04)