28 de outubro de 2014

COMO NOS VELHOS TEMPOS

Na fugaz claridade de mais um dia 
que desponta atravessando o cortinado,
sinto a tua presença, ao meu lado,
por entre lençóis, naquele ruído de voo sem asas,
ao meu encontro.
O teu braço, abraça a minha cintura
a tua perna enrosca-se na minha
o teu respirar.
Não dizes nada e eu também nada.
Deixo-me apenas ficar.
Não estou a sonhar. Ainda bem!

Hoje, nem sei explicar,
mas precisava de acordar, assim. 
como nos velhos tempos.
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