8 de setembro de 2011

INTENSIDADES

Os nossos lábios doem beijos, 
as nossas línguas ardem carícias
as nossas mãos redobram afagos 
e os teus seios são bicos de delícias.
És linda, cheirosa, natural, sensual
No olhar terno, no gesto suave,
na agitada meiguice.
E eu vou pelo caminho da doidice
Deslizo pelo teu ventre ansioso,
até onde as tuas pernas se abrem numa rosa.
Entre as coxas maduras mas firmes.
Toco-te, de leve, no ponto supremo,
sinto-te quente e húmida,
Começo a beijar-te como se fosses só boca
e devagar, num prazer sem conta nem tamanho.
Oiço-te o primeiro gemido,
um suave respiro veio das tuas entranhas.
E eu a dizer-te palavras estranhas,
a tocar-te, de novo, com mais ânimo
a lamber-te num vai e vem desenfreado,
E o teu corpo fica febril, agitado,
num prazer de alma descomposta.
Volto a subir por ti,
pelo teu ventre de sobe e desce,
Ao encontro da tua língua, endiabrada,
E volto a descer, numa vertigem de seios,
numa cavalgada.
A tua mão empurra-me a cabeça,
numa ânsia de espasmos, e tu a gritares
Mais e mais, por favor não pares,
Assim, assim, ai sim!
E eu, sem favor não paro, ai de mim,
Que me perco no teu desejo.
Agarro-te nas coxas, nem sei se te aleijo
e mergulho nos fluidos do prazer.
Gritas um grito gemido saído do peito.
quando me puxas para ti, num abraço esmagador
como se tivesses acordado, de repente,
saída dum pesadelo, libertada de uma dor…
Mas, não!
O sonho é que era. 

Dentro de ti andara à solta, 
uma fera chamada amor.